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Ateliê Simone rosa

Sou
simone roSa(artista visual) 
Aqui tem meu portfólio com minha produção poética
e narrativas contadas por mim e depoimentos.

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Depoimentos

Relato da crítica de arte Nara Cristina Santos (1999)

 

A pintura de Simone Rosa vem marcando um momento em seu percurso, quando apresenta a figura humana, mais precisamente o rosto (ou a máscara), recortado, inserindo uma alteração de planos, onde o espectador é chamado para uma identificação – a própria – através de um espelho.

Esta aproximação da virtualidade da imagem no espelho, pode sugerir um momento de auto-reconhecimento, ao mesmo tempo em que convida a desvendar outros mundos. Hoje, podemos vislumbrar um redimensionamento no trabalho de Simone Rosa, quando a artista retoma o tema das fachadas arquitetônicas enfatizando uma nova espacialidade: o espaço surge fragmentado não apenas pelo traço, mas pela própria tela onde cada fragmento compõe o todo – a obra.

Relato do produtor cultural Claudio Troian (2008)

 

Uma boa meia dúzia de obras de Simone Rosa orna com graça, leveza e perpetuação o lar em que habito.  A atmosfera gerada por matizes e formas sinuosas dos seres e coisas nelas representadas acaba por insinuar-se sutilmente no ambiente-espaço mental que divide salas, salinhas e saletas. Pessoas deleitam-se e deitam a pensar e a falar e a gerar.

Aliás, cabe a pergunta: o que está no controle é a arte ou o artista?

 

Pois os que a conhecem pessoalmente, sabem que Simone Rosa é figura assim, aguarda silente o momento da explosão. Não premedita, antes reage ao estímulo exterior. No final das contas, jamais viverá monotonia. Tem lápis e papéis, tintas e pincéis. E um mundo para leitura.

Daí que arte e artista nela se fundem em peça única. Fica divertido conviver com a percepção de que aqui há de fato uma simbiose escandalosa.  Quando o Humano encontra a Arte, abre-se o Universo de Infinitas Possibilidades. E Simone recria o mundo, para nosso deleite. E com prazer. 

Arrisco outra pergunta: você também tem um Simone Rosa em casa...?

Relato do escritor e editor Paulo Tedesco (2023)

Desafiar linhas e traços é desafiar a arte em sua origem, que é a origem da civilização, lá, nas cavernas e nos paredões de pedra. E o artista que se propõe a esse desafio, por consequência desafia a si mesmo, suas origens e primeiros rabiscos ainda na infância.

Esta fronteira, a do artístico e pessoal, não é definida por vontade tampouco por análises teóricas. Ainda que a teoria proporcione a leituras, a exemplo desta mesma aqui, é bom lembrar que a teoria vem, inusualmente, somente depois das revoluções. E não seria diferente na arte, porque o desafio reside muito além da imaginação: está nos materiais, obstáculos incríveis da criação.

Vejamos, Simone Rosa, artista de trabalho aqui comentado, tem uma longa trajetória artística. Mas o curioso que os traços e formas, as cores e seus enquadramentos desde cedo tiveram seu nome: sim, a tela era da Simone Rosa, sim, o projeto era da Simone Rosa.

A exemplo de outros grandes artistas contemporâneos e modernos, Simone Rosa é inquieta, não aceita rótulos, nem se resume adivagações filosóficas – importantes, é verdade, mas pouco reveladoras do fazer artístico. É, então, que Simone Rosa pula da tela, dos materiais, e radicaliza partindo para o reciclável, para a escultura, para o inesperado, e vai mais, aos poucos também dilui as figuras, os figurativos e as figurações em abstratos cada vez mais sinuosos, frescos, vivos, orgânicos e merecedores de demorada observação.

Ainda que o deleite não tarde, frente ao trabalho da Simone Rosa em silêncio sentimos a força e a impetuosidade, para não falar em desacomodamento, quando sua obra ataca as origens da humanidade, a linha e o traço, portanto. Porque, em Simone Rosa, suas cores e seus rumos, uma vez vistos jamais descolarão da memória. E pode ser dito, sua arte venceu, puxando o traço para amarrar a cada sonho e ilusão com destino ao novo. E isto é para sempre.

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Nasci em Santa Maria/RS no último ano da década de 60, portanto tenho muitas histórias para contar e aqui coloco algumas que tem relação com a minha produção poética.

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Quando eu era pequena, meus avós paternos moravam numa casa no campo; onde eu passava um mês de férias, antes de irmos para a praia. A casa fica no alto de uma coxilha, o que faz parecer que estamos mais perto do céu. De dia costumava observar os desenhos das nuvens e a noite as estrelas: sentada em uma cadeirinha de madeira em frente da casa; ou caminhando até a porteira (com uma parada obrigatória em uma grande figueira no meio do caminho). A noite ao dormir o meu céu eram as paredes do quarto iluminado pela vela, ficava observando os desenhos das manchas nas paredes rosadas, onde o tempo desbotou a pintura a cal. O meu céu, com sugestões diferentes a cada dia, continuou na minha produção poética em diferentes séries, com diversas reflexões. 

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Minha mãe é arte educadora e quando eu era pequena ela ainda cursava a faculdade e às vezes precisava me levar junto para as aulas. Tenho a lembrança de ficar quietinha desenhando ou modelando com argila. Anos depois, quando fui cursar Desenho e Plástica Bacharelado, eu estava nos mesmos corredores e salas de aula e imediatamente a minha memória da infância voltou, mas parecia tudo tão pequeno.

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Quando fiz quinze anos ganhei muitos presentes e alguns guardo até hoje. Um deles é um espelho de mão com as bordas cheia de arabescos. Aquela moldura decorada acompanhou muitas alegrias e tristezas do meu olhar em diferentes épocas, como se emoldurasse sentimentos. Esse ato de emoldurar sentimentos e percepções também acompanhou diferentes séries.

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Ingressei no curso de artes querendo fazer escultura, pois de tanto brincar com argila estava acostumada a receber elogios do quanto realista estava as minhas modelagens. A cada aula, fui percebendo que a expressão artística não estava na proximidade da realidade e sim na autenticidade da intenção. Não via o tempo passar quando estava desenhando, sempre fazia muito mais desenhos do que eram solicitado. Mesmo quando era uma proposta de pintura a linha, tanto estrutural quanto formal sempre predominava. Foi então que decidi cursar a habilitação Desenho Artístico. Nem imaginava que o desenho, em sua teoria e treinamento, iria me acompanhar na docência em cursos de Design, e como tema em um dos  mestrados e no doutorado que cursei.

 

Durante a graduação fiz parte do Diretório Acadêmico, fui tesoureira. Acompanhar o movimento estudantil despertou sentimentos que me levaram a diversos projetos sociais, ao logo da minha trajetória artística. Desde estudante a minha produção artística contribuiu para arrecadar fundos para revitalizações de museus, teatros, bibliotecas e hospitais. No início da minha carreira nunca imaginaria que um dia seria produtora cultural de um projeto social na coordenação da criação de murais, ou mesmo a coordenação de ocupação de um CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) com atividades artísticas voltadas de teatro, cinema, artes visuais e dançaHoje sei que tudo começou com o envolvimento com o movimento estudantil, que plantou a semente da empatia e da solidariedade.

 

 

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