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TRamas uterinas

A representação de mulheres é mais do que uma ideologia feminista é um diálogo com o universo feminino. Os corpos nus sugerem a essência feminina inferindo as tramas envolvidas quando salienta-se o útero e sua ausência.  Espera-se que lidar com o corpo nu (feminino), na posição de objeto a ser representado na arte, em dias atuais, seja algo natural. Com isso, o foco fica no que e como é representado. A ausência do útero trás questões relacionadas com a fertilidade e a reprodução, que são associadas ao ser feminino. Porém, “ser mulher” é mais que isso.  "Ser mulher" esta além do fato de ter ou não úteros, pois tem mulheres que usaram o útero para gerar vidas, outras retiraram por meio de cirurgias; algumas mulheres nunca tiveram vontade de usar esse aparelho reprodutor, ou não conseguiram; outras não nasceram com útero, como as mulheres trans.Os corpos similares reforçam os estereótipos femininos, pois não representam as mulheres como um todo, apenas sustentam questões que permeiam o "ser mulher" em suas “tramas uterinas”, questões que envolvem o feminismo. Desde a década de 1960 o feminismo não é um movimento estético dentro da Arte, mas um modo de interagir com o mundo e seus reflexos representacionais. Existe uma relação estreita entre o movimento feminista e a arte, desde teor de denúncia, revolta e inconformismo do seu início em 1960. A arte feminista destaca as causas sociais e políticas que as mulheres enfrentam em suas vidas. Esta série é mais do que um diálogo com o universo feminino, é um grito de denúncia, revolta e inconformismo.

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